Curta-metragem de Bernardo Turela

Divulga Cinema: Como surgiu a idéia e como foi trabalhado o roteiro?
Bernardo Turela: Eu estava dando uma banda na página policial do New York Times quando encontrei a história desse sujeito que trabalhava na imigração e que cobrava favores sexuais de imigrantes ilegais em troca do green card. A matéria trazia uma foto desse sujeito, um cara velho, careca, gordo, e contava sobre sua viuvez e sua rotina de pai solitário de uma menina de 7 anos.
A notícia era que uma colombiana negociou esse green card com ele e marcou um encontro com ele e gravou todo o encontro com um gravador escondido. O site trazia junto à matéria a gravação sonora e a transcrição.
Ouvi, achei sensacional, copiei a transcrição, traduzi, adaptei e tive uma primeira versão dos diálogos do roteiro.
Aí passou um tempo, eu tinha simpatizado demais com a solidão e a necessidade de um pouco de amor desse funcionário, quis levar a história para esse lado, para a compreensão da carência e do poder das emoções sobrepujando as estruturas morais e institucionais.
Mas a história não foi para esse lado.
Os personagens se transformaram em aluna e professora.
E o resto. O filme está aí para dizer.
DC: Quanto tempo durou a produção?

DC: Como foi a gravação?
Bernardo: Tudo tranquilo. Equipe de bróderes, ficamos curtindo enquanto numa televisão passava Brasil e EUA pela final da Copa das Confederações. Os americanos abriram dois gols de vantagem mas o Brasil virou pra 3 a 2. Grande dia.
DC: Quais foram os principais desafios?
Bernardo: Tudo sempre foi um desafio.
DC: Quanto tempo foi o total de trabalho em cima do curta?
Bernardo: Seguimos trabalhando.
Assista ao curta
DC: Curiosidades?
Bernardo: Procurem com os integrantes da ficha técnica.
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